O aumento dos casos de gripe aviária em diferentes partes do mundo tem chamado a atenção das autoridades de saúde. O vírus H5N1, antes mais restrito a aves silvestres, agora é detectado com maior frequência em rebanhos de gado comercial. No entanto, os registros da doença em humanos geram maior preocupação entre especialistas.
![]() |
Foto: Divulgação |
A infectologista Rosana Richtmann, do Instituto Emílio Ribas, destaca que a gripe aviária sempre foi motivo de atenção, mas a disseminação da cepa H5N1 entre mamíferos parece estar ocorrendo de forma mais acelerada.
"Se eu tivesse que apostar em qual será o próximo vírus pandêmico, certamente diria que será uma variante da gripe aviária. Não sei se H5N1 ou H5N9, mas certamente um H5", diz Rosana, que também coordena o comitê de imunizações da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
Até o momento, não há registros de transmissão do vírus entre humanos, apenas em casos de contato próximo com aves ou gado infectado. No entanto, uma eventual mudança no comportamento do patógeno poderia representar um risco significativo, colocando o mundo em uma nova fase da doença.
Primeira morte nos EUA e avanço da doença
Os Estados Unidos confirmaram, em 6 de janeiro, a primeira morte humana relacionada à gripe aviária (H5N1) no país. A vítima, um homem de 65 anos da Louisiana, foi hospitalizada com problemas respiratórios e não resistiu.
Além desse caso, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA já registrou 66 infecções humanas desde o início de 2024. A maioria está associada à exposição a gado em fazendas comerciais.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que, entre janeiro de 2003 e agosto de 2023, 878 casos de gripe aviária em humanos foram registrados em 23 países, com 458 mortes. A evolução do vírus segue sendo monitorada por autoridades de saúde em todo o mundo.
Portal Rota
Nenhum comentário
Postar um comentário