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Trump firma 4 vezes mais decretos do que há 8 anos nos 100 dias iniciais

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terça-feira, 29 de abril de 2025

Donald Trump completa nesta terça-feira, 29, 100 dias como presidente dos EUA. É a arrancada mais avassaladora desde os anos 30, quando Franklin D. Roosevelt estabeleceu a tradição de impor uma agenda política nos três primeiros meses de mandato para deixar uma marca.

Foto: Midiamax
Se Roosevelt combateu a Grande Depressão com regulamentação e aumento do papel do Estado na economia, por meio de leis aprovadas no Congresso, Trump tenta desmontar esse legado na base do decreto. “Estamos forjando uma nova maioria política que está destruindo e substituindo a coalizão do New Deal, de Roosevelt, que dominou a política americana por quase 100 anos”, disse Trump em encontro com governadores republicanos, em fevereiro.

Já foram mais de 140 decretos assinados desde janeiro, quatro vezes mais que na comparação com o primeiro mandato, quando Trump emitiu 33 decretos, e mais que FDR, o recordista até então, com 99.

Esses decretos envolvem as quatro prioridades do presidente no segundo mandato: comércio exterior, imigração, redução do Estado e combate ao que chama de “ideologia woke” (como os republicanos se referem pejorativamente às iniciativas de diversidade).

Para Lucas de Souza Martins, historiador da Temple University, na Filadélfia, o segundo mandato de Trump rompe com várias tradições da política americana. “Ele transforma instituições em algo que serve a um partido, em vez de um Estado”, disse.

Embora presidentes americanos tenham cada vez mais recorrido a essa ferramenta, em virtude do impasse legislativo provocado pela polarização, os decretos teriam um escopo limitado e serviriam apenas para a organização do governo federal, segundo a Constituição.

Os decretos de Trump foram alvos de mais de 150 ações judiciais que contestam sua legalidade. Muitos foram bloqueados de forma parcial ou total por não estarem de acordo com a Constituição. Um dos mais notórios é o decreto que extingue o direito de cidadania por nascimento nos EUA.

Choque de poderes

A resistência dos tribunais detonou uma guerra entre o presidente e o Judiciário. Trump diz ter um cheque em branco para implementar sua agenda e não permite ser contestado por juízes. Em ao menos uma oportunidade, advogados do governo descumpriram a ordem de um juiz federal, quando não agiu para repatriar Kilmer Garcia, deportado por engano para uma prisão em El Salvador.

A retórica agressiva provocou uma rara reprimenda da Suprema Corte. Em março, o presidente do tribunal, o conservador John Roberts, publicou um comunicado criticando o impeachment de juízes, defendido por Trump, que decidiram contra o governo.

Na semana passada, o FBI prendeu uma juíza de primeira instância, acusando-a de ajudar um imigrante ilegal a escapar da deportação. A medida aumentou a preocupação entre especialistas sobre o choque de poderes nos EUA.

Com uma maioria enxuta no Congresso, Trump tem conseguido aprovar poucas leis. A única mais importante até agora foi o projeto que permite a prisão de imigrantes ilegais suspeitos de roubo. Nos mesmos 100 dias, Roosevelt aprovou 16 leis, muitas desenhadas para tirar o país da Grande Depressão. Mas Roosevelt tinha um capital político maior que o de Trump. Eleito com 57% dos votos, tinha maioria de quase dois terços no Senado e na Câmara.

Ponto forte de Trump na campanha, a economia foi um de seus focos nos primeiros 100 dias, sobretudo com a imposição de tarifas para quase todos os países do mundo, incluindo aliados como México, Canadá e Europa. “Muitos países tem procurado outros clientes para fugir dos EUA, por causa das tarifas. É o caso de União Europeia e China, que busca alianças com Japão e Coreia do Sul”, observa Natália Fingermann, professora de relações internacionais da ESPM.

Eleito com a promessa de fazer o poder de compra dos americanos aumentar, ele herdou uma inflação de 3% que tem boas chances de aumentar quando as tarifas forem repassadas para consumidores. O índice de inflação anualizado de março foi de 2,4%.

Deportações

Na imigração, Trump decretou emergência na fronteira e autorizou o uso de militares no combate aos ilegais. As entradas, que chegaram a 250 mil pessoas por mês, no governo Biden, já estavam baixas quando Trump tomou posse. Desde então, caíram de 8,3 mil para 7,1 mil travessias mensais.

O foco de Trump parece ser as deportações. Segundo a revista Newsweek, mais de 37 mil pessoas foram deportadas no primeiro mês de mandato, número abaixo da média de governos anteriores. Desde então, a Casa Branca parou de divulgar os números.

Segundo a ONG Migration Policy, estima-se que até o fim do ano Trump deportará 500 mil pessoas, metade da meta prometida pela Casa Branca. Para facilitar o processo, o presidente forjou uma aliança com o presidente salvadorenho, Nayib Bukele, para enviar imigrantes para prisões de segurança máxima na América Central.

“Essa política migratória acaba afastando pessoal qualificado. No longo prazo, isso provocará um problema muito sério, já que os EUA deixarão de ser o lugar onde os grandes cérebros querem estar e debater”, disse Natália.

Outro foco de Trump, o corte de gastos ficou a cargo do dono da Tesla, Elon Musk, e de seu Departamento de Eficiência Governamental (Doge). Ao assumir o cargo, Musk prometeu economizar US$ 1 trilhão com demissões. Ele obteve acesso a dados sensíveis de milhões de americanos, com uma devassa em agências do governo. A economia, no entanto, ficou aquém do desejado. Segundo dados oficiais, US$ 150 bilhões foram economizados, mas apenas US$ 32 bilhões comprovados.

Trump chega aos 100 dias com a pior avaliação de um presidente na era moderna, perdendo apenas para si mesmo em seu primeiro mandato. Até em áreas onde ele era forte, seus números estão caindo. Segundo pesquisa do Ipsos, Trump é aprovado por 39% da população e reprovado por 55%. Para 61%, seu manejo da economia é ruim e para 58% dos independentes, ele não faz um bom trabalho.

Midiamax

Velório do Papa Francisco já teve quase 50 mil visitantes

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quinta-feira, 24 de abril de 2025

O número de visitantes ao caixão do Papa Francisco superou as expectativas e quase atingiu a marca de 50 mil desde a manhã de quarta-feira (23), segundo informou o Vaticano.

Foto: Mdiamax
A Basílica de São Pedro recebeu 48.600 pessoas entre às 11h de ontem e 8h30 de hoje (horários locais), ultrapassando o esperado de 20 mil fiéis.

O local ainda permanecerá aberto para visitações até a próxima sexta-feira (25), e deve ter seu horário estendido até meia-noite de Roma, devido à grande procura.

No dia seguinte, no sábado (26), ocorrerá o funeral de Francisco, na Praça de São Pedro. É esperado a presença de religiosos, autoridades e líderes do mundo todo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é um dos que irão comparecer.

Depois, o caixão será levado para a Basílica Santa Maria Maggiore, onde será sepultado.

Midiamax

Ataque com drones deixa nove mortos no sudeste da Ucrânia

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quarta-feira, 23 de abril de 2025

Nove pessoas morreram e 30 ficaram feridas em um ataque russo com drones contra um ônibus na cidade de Marganets, no sudeste da Ucrânia, informou nesta quarta-feira (23) o governador regional de Dnipro.

Foto: Mdiamax
“O ataque inimigo matou nove pessoas”, declarou o governador Sergii Lisak.

As autoridades ucranianas também relataram incêndios noturnos nas regiões de Kiev, Kharkiv, Poltava e Odessa.

Na Rússia, uma pessoa ficou ferida em um bombardeio na região fronteiriça de Belgorod.

Midiamax

Trump abriu investigações sobre tarifas em fármacos e semicondutores em 1º de abril

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quinta-feira, 17 de abril de 2025

Em 1º de abril, o governo de Donald Trump abriu novas investigações que podem resultar em tarifas sobre produtos farmacêuticos e semicondutores, informou o Departamento de Comércio em documentos publicados nesta segunda-feira, 14.

Foto: Midiamax
A agência disse que abriu novas investigações sobre chips de computador e fármacos no início do mês, de acordo com a Seção 232 da Lei de Expansão do Comércio de 1962, que permite ao presidente impor tarifas sobre produtos considerados essenciais para a segurança nacional.

O governo não havia divulgado anteriormente que as investigações tarifárias haviam sido abertas, embora Trump tenha dito hoje que as tarifas sobre esses setores estão próximas.

Os registros indicam que as investigações tarifárias serão amplas. A investigação sobre semicondutores avaliará os impactos sobre a segurança nacional não apenas dos chips, mas também dos equipamentos de fabricação e dos chamados “produtos derivados”. A investigação farmacêutica é igualmente abrangente, concentrando-se tanto nos próprios medicamentos quanto nos ingredientes e derivados.

O republicano havia isentado alguns semicondutores e outros produtos eletrônicos de sua ação tarifária recíproca, com sua equipe indicando que esses produtos acabariam sendo cobertos por tarifas específicas do setor.

A Casa Branca confirmou a abertura das investigações e os comentários estarão abertos até 12 de maio.

Midiamax

UE: regras de segurança alimentar estão fora de negociações comerciais com EUA, diz porta-voz

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terça-feira, 15 de abril de 2025

O porta-voz da Comissão Europeia, Olof Gill, afirmou que a principal autoridade da União Europeia (UE) está pressionando negociações para apaziguar a guerra comercial com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mas que algumas regras do bloco europeu não estão em debate.

Foto: Midiamax
“Os padrões da UE, particularmente no que se refere à saúde e segurança alimentar, são sacrossantos”, disse após o comissário de Comércio da UE, Maros Sefcovic, viajar para Washington para encontro com o representante comercial americano, Jamieson Greer, e o secretário de Comércio, Howard Lutnick.

Na reunião, as autoridades discutiram a proposta da UE para que ambos os lados eliminem tarifas sobre bens industriais – o chamado acordo tarifário zero por zero – e sobre cadeias de suprimentos para semicondutores e produtos farmacêuticos.

“Deixamos bem claro que queremos encontrar o melhor acordo possível, um acordo zero por zero. Isso abriria enormes oportunidades para as montadoras de ambos os lados do Atlântico, então vamos fechar esse acordo”, acrescentou.

Midiamax

Conselheiro da Casa Branca afirma que Trump é ‘negociador chefe’ das tarifas com outros países

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sexta-feira, 11 de abril de 2025

As atuais negociações comerciais dos Estados Unidos “são muito diferentes daquelas do primeiro mandato” do presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou o conselheiro econômico da Casa Branca, Peter Navarro. Segundo ele, o país busca “justiça” em suas relações com a China, que, de acordo com Navarro, “se aproveitou” dos norte-americanos por anos.

Foto: Midiamax
Em entrevista à Fox Business, o conselheiro de Trump destacou que Washington está em tratativas com Austrália, Reino Unido, Japão e Coreia do Sul.

“O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent está cuidando do andamento das conversas com o Japão e a Coreia do Sul”, afirmou Navarro. “Mas Trump é o negociador chefe”, acrescentou.

Navarro evitou dar detalhes sobre o estágio das conversas, mas disse esperar que tudo seja concluído “muito em breve”.

Midiamax

Funcionárias da Microsoft são demitidas após protesto por fornecimento de IA para Israel

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quarta-feira, 9 de abril de 2025

A Microsoft demitiu duas funcionárias que interromperam a celebração do 50º aniversário da empresa para protestar contra seu trabalho no fornecimento de tecnologia de inteligência artificial ao exército israelense, segundo informações de um grupo que representa os trabalhadores.

Foto: Midiamax
A Microsoft acusou uma das trabalhadoras em uma carta de rescisão na segunda-feira, 7, de má conduta “projetada para ganhar notoriedade e causar o máximo de interrupção a este evento altamente antecipado”. A Microsoft afirmou que a outra trabalhadora já havia anunciado sua demissão, mas, na segunda-feira, ordenou que ela saísse cinco dias antes.

Os protestos começaram na sexta-feira, 4, quando a engenheira de software da Microsoft, Ibtihal Aboussad, caminhou em direção a um palco onde um executivo anunciava novos recursos de produtos e uma visão de longo prazo para as ambições de IA da Microsoft.

“Vocês alegam se importar com o uso da IA para o bem, mas a Microsoft vende armas de IA para o exército israelense”, gritou Aboussad para Mustafa Suleyman, CEO de IA da Microsoft. “Cinquenta mil pessoas morreram e a Microsoft alimenta este genocídio em nossa região.”

O protesto forçou Suleyman a interromper sua palestra enquanto ela era transmitida ao vivo do campus da Microsoft em Redmond, Washington. Entre os participantes do 50º aniversário da fundação da Microsoft estavam o cofundador Bill Gates e o ex-CEO Steve Ballmer.

A Microsoft disse que Suleyman tentou acalmar a situação. “Obrigado pelo seu protesto, eu ouço você”, disse ele. Entretanto, a funcionária teria gritado dizendo que Suleyman e “toda a Microsoft” tinham sangue nas mãos. Ela também jogou no palco um lenço keffiyeh, que se tornou um símbolo de apoio ao povo palestino, antes de ser escoltada para fora do evento.

Portal Rota

Ouro fecha em queda com volatilidade e liquidação de posições para cobrir perdas

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segunda-feira, 7 de abril de 2025

Os preços do ouro encerraram em queda nesta segunda-feira, 7, em um pregão marcado por forte volatilidade. A escalada da guerra comercial, com a imposição de tarifas pelos Estados Unidos e as retaliações da China, elevou o temor de uma recessão global. O recuo do metal dourado, tradicionalmente visto como um ativo de proteção, reflete a recente onda de vendas, com investidores liquidando posições para cobrir prejuízos em outros mercados, segundo analistas.

Foto: Midiamax
O contrato do ouro para junho recuou 2,03%, fechando a US$ 2 973,6 por onça-troy na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Apesar da queda, o metal ainda acumula alta de quase 11% no ano. Na última semana, porém, perdeu mais de 2% em meio ao caos gerado pelas tarifas.

Segundo Renisha Chainani, chefe de pesquisa da Augmont, em períodos de forte volatilidade ou queda abrupta nas bolsas, é comum que investidores vendam posições em ouro para levantar liquidez. Ela projeta que os preços devem se estabilizar nesta semana na faixa entre US$ 2.900 e US$ 3.000.

Para analistas do ING, o metal está sob pressão de realização de lucros, à medida que investidores buscam compensar perdas nos mercados acionários – que, só nos dois últimos pregões, registraram perdas acumuladas de US$ 6 trilhões nos Estados Unidos. Ainda assim, eles avaliam que a correção deve ser passageira, com a intensificação das tensões comerciais sustentando a demanda por ativos defensivos.

Jateen Trivedi, vice-presidente da LKP Securities, destaca que os dados do índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA, que serão divulgados nos próximos dias, devem ser cruciais para as expectativas em relação à política monetária. “Esse fator pode influenciar diretamente a trajetória do ouro no cenário global”, disse.

Na China, o banco central informou que as reservas internacionais subiram para US$ 3,241 trilhões em março, ante US$ 3,227 trilhões em fevereiro, impulsionadas pela valorização de ativos não dolarizados com o enfraquecimento do dólar. As reservas de ouro do país aumentaram pelo quinto mês consecutivo. Na semana passada, o Goldman Sachs reiterou que o metal deve continuar sustentado pelas compras dos bancos centrais e projeta que o ouro atinja US$ 3.300 por onça até o fim de 2025.

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Trump a investidores: ‘este é um ótimo momento para ficar rico, mais rico do que nunca’ nos EUA

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sexta-feira, 4 de abril de 2025

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira, 4, que “este é um ótimo momento para ficar rico, mais rico do que nunca” no país. Em publicação na Truth Social, o republicano endereçou a mensagem aos “muitos investidores que estão vindo para os EUA e investindo quantias enormes de dinheiro”.

Foto: Midiamax
Segundo ele, suas “políticas nunca vão mudar”.

A declaração foi feita dois dias após o anúncio das tarifas recíprocas impostas pelos EUA sobre importações de diversos países, e um dia depois do maior tombo das bolsas de Nova York desde 2020, com o índice Nasdaq recuando quase 6%.

Assim como Trump, o conselheiro sênior da Casa Branca, Peter Navarro, já havia dito que as tarifas “não são negociáveis”.

O secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, também reforçou que o presidente não pretende recuar nas sobretaxas.

Trump ainda celebrou os dados do relatório de empregos de março, o payroll, que registrou criação de vagas acima do esperado. “Ótimos números de emprego, muito melhores do que o esperado”, escreveu. “Já está funcionando. Aguente firme, não podemos perder!!!”

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Justiça da Coreia do Sul confirma impeachment e destitui presidente Yoon Suk Yeol

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O Tribunal Constitucional da Coreia do Sul oficializou nesta sexta-feira, 4, a remoção do presidente Yoon Suk Yeol do cargo. Acusado de tentar dar um golpe de Estado, Yoon estava afastado das funções desde o dia 14 de dezembro, quando teve o impeachment aprovado pela Assembleia Nacional.

Foto: Midiamax
A decisão foi unânime, com oito votos pelo afastamento definitivo de Yoon. A Coreia do Sul deverá realizar uma nova eleição presidencial daqui a dois meses. Até lá, o primeiro-ministro Han Duck-soo ocupará a presidência.

Yoon ficou detido por dois meses sob a acusação de insurreição, até que um tribunal cancelou o pedido de prisão no mês passado. Em dezembro, o então presidente decretou lei marcial e fechou o Parlamento, que foi cercado por militares.

O líder do Partido Democrático, Lee Jae-myung, aparece como favorito nas pesquisas de intenção de voto. Fonte: Associated Press.

Midiamax

Paquistão planeja expulsar 3 milhões de afegãos do país este ano

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segunda-feira, 31 de março de 2025

O Paquistão planeja expulsar três milhões de afegãos do país este ano, já que o prazo para eles deixarem voluntariamente a capital e áreas vizinhas expirou nesta segunda-feira, 31. É a última fase de uma repressão nacional lançada em outubro de 2023 para expulsar estrangeiros que vivem ilegalmente no Paquistão, principalmente afegãos. A campanha atraiu críticas de grupos de direitos humanos, do governo do Taleban e da ONU.

Foto: Midiamax
Prisões e deportações deveriam começar em 1º de abril, mas foram adiadas para 10 de abril devido aos feriados do Eid al-Fitr, que marcam o fim do Ramadã, de acordo com documentos do governo vistos pela Associated Press.

Cerca de 845 mil afegãos deixaram o Paquistão nos últimos 18 meses, mostram números da Organização Internacional para as Migrações.

O Paquistão diz que restam 3 milhões de afegãos. Destes, 1.344 584 possuem cartões de Prova de Registro, enquanto 807.402 possuem Cartões de Cidadão Afegão. Há mais 1 milhão de afegãos no país ilegalmente porque não têm papelada.

O Paquistão disse que garantirá que os afegãos não retornem após serem deportados.

As autoridades queriam que os portadores do Cartão de Cidadão Afegão deixassem a capital Islamabad e a cidade de Rawalpindi até 31 de março e retornassem ao Afeganistão voluntariamente ou seriam deportados. Aqueles com Prova de Registro podem permanecer no Paquistão até 30 de junho, enquanto os afegãos destinados ao reassentamento em terceiros países também devem deixar Islamabad e Rawalpindi até 31 de março.

As autoridades disseram que trabalharão com missões diplomáticas estrangeiras para reassentar os afegãos, caso contrário eles também serão deportados do Paquistão.

Dezenas de milhares de afegãos fugiram do Afeganistão após a tomada do Taleban em 2021. Eles foram aprovados para reassentamento nos Estados Unidos por meio de um programa que ajuda pessoas em risco por causa de seu trabalho com o governo americano, mídia, agências de ajuda e grupos de direitos humanos

No entanto, o presidente Donald Trump suspendeu os programas de refugiados dos EUA em janeiro e 20 mil afegãos estão agora no limbo.

Taleban quer que refugiados afegãos regressem com dignidade

“Nenhum funcionário afegão fará parte de qualquer comitê ou processo formal de tomada de decisão”, dizia um dos documentos sobre os planos de expulsão.

Um porta-voz do Ministério de Refugiados do Afeganistão, Abdul Mutalib Haqqani, disse à Associated Press que o Paquistão estava tomando decisões arbitrariamente, sem envolver a agência de refugiados da ONU ou o governo do Taleban.

“Nós compartilhamos nossos problemas com eles, afirmando que expulsar refugiados unilateralmente não é do interesse deles nem do nosso”, disse Haqqani. “Não é do interesse deles porque expulsá-los dessa forma gera ódio contra o Paquistão. Para nós, é natural que gerenciar tantos afegãos retornando seja um desafio. Solicitamos que eles sejam deportados por meio de um mecanismo e entendimento mútuo para que possam retornar com dignidade”.

Duas estações de trânsito serão instaladas na província noroeste de Khyber Pakhtunkhwa para ajudar com as deportações. Uma ficará em Nasir Bagh, uma área nos subúrbios de Peshawar. A segunda ficará na cidade fronteiriça de Landi Kotal, a cerca de 7 quilômetros da travessia de Torkham.

Incerteza sobre o futuro

Não está claro o que acontecerá com crianças nascidas no Paquistão de pais afegãos, casais afegãos com diferentes tipos de documentos e famílias onde um dos pais é cidadão paquistanês e o outro é afegão. Mas autoridades indicaram à AP que a equipe de assistência social estará à disposição para ajudar com esses casos.

Omaid Khan, 30, tem um Cartão de Cidadão Afegão, enquanto sua esposa tem Prova de Registro. De acordo com a política do governo paquistanês, ele tem que sair, mas sua esposa pode ficar até 30 de junho. Seus dois filhos não têm documentos, incluindo passaportes ou carteiras de identidade de nenhum dos países.

“Sou da província de Paktia, mas nunca estive lá e não tenho certeza sobre meu futuro”, disse ele.

Nazir Ahmed nasceu na cidade de Quetta, no sudoeste do Paquistão, e nunca esteve no Afeganistão. Sua única conexão com o país era por meio de seu pai, que morreu em Quetta há quatro anos. “Como podemos ir para lá?”, disse Ahmed, que tem 21 anos. “Poucas pessoas nos conhecem. Todos os nossos parentes vivem em Quetta. O que faremos se formos para lá? Apelamos ao governo paquistanês para nos dar algum tempo para que possamos ir e descobrir, pelo menos conseguir algum emprego.”

Midiamax

UE pede aos cidadãos que armazenem suprimentos para 3 dias em caso de crise

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quinta-feira, 27 de março de 2025

A União Europeia (UE) pediu na quarta-feira, 26, que os cidadãos de todo o continente estoquem alimentos, água e outros itens essenciais para durar pelo menos 72 horas, à medida que a guerra, os ataques cibernéticos, as mudanças climáticas e as doenças aumentam as chances de uma crise.

Foto: Midiamax
O apelo aos 450 milhões de cidadãos da UE ocorre enquanto o bloco de 27 nações repensa sua segurança, especialmente após o governo Trump alertar que a Europa deve assumir mais responsabilidade por sua própria defesa.

Nos últimos anos, a UE enfrentou a covid-19 e a ameaça da Rússia, incluindo suas tentativas de explorar a dependência europeia do gás natural para enfraquecer o apoio à Ucrânia. O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, alertou que a Rússia pode ser capaz de lançar outro ataque na Europa até 2030.

“As ameaças que a Europa enfrenta hoje são mais complexas do que nunca, e todas estão interligadas”, disse a comissária de Preparação e Gestão de Crises, Hadja Lahbib, ao apresentar uma nova estratégia para lidar com desastres futuros.

Embora a Comissão Europeia queira evitar parecer alarmista, Lahbib afirmou que é importante “garantir que as pessoas tenham suprimentos essenciais para pelo menos 72 horas em uma crise”. Ela listou alimentos, água, lanternas, documentos de identificação, medicamentos e rádios de ondas curtas como itens a serem armazenados.

Lahbib também disse que a UE deve construir uma “reserva estratégica” e estocar outros recursos críticos, incluindo aviões de combate a incêndios; equipamentos médicos, energéticos e de transporte; e ativos especializados contra ameaças químicas, biológicas, radiológicas e nucleares.

Os planos da UE são semelhantes aos já existentes na França, Finlândia e Suécia.

No ano passado, a Suécia atualizou seus conselhos de emergência civil da época da Guerra Fria “para refletir melhor a realidade da política de segurança atual”, incluindo instruções sobre o que fazer em caso de ataque nuclear.

Nem todos os países da UE têm o mesmo nível de preparação para crises, e a Comissão também quer incentivá-los a coordenar melhor suas respostas em caso de emergência. “Não podemos mais depender de reações improvisadas”, disse Lahbib.

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Tribunal da Coreia do Sul anula impeachment do primeiro-ministro, que retoma comando do país

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segunda-feira, 24 de março de 2025

O Tribunal Constitucional da Coreia do Sul anulou nesta segunda-feira, 24, o impeachment do primeiro-ministro Han Duck-soo, que voltará ao comando interino do país.

Foto: Midiamax
Han assumiu o poder na Coreia do Sul no início de dezembro, em caráter provisório, após o Parlamento aprovar o impeachment do presidente Yoon Suk Yeol, por causa de uma manobra política que foi encarada como uma tentativa de golpe de Estado.

O premiê, porém, também foi derrubado pela Assembleia Nacional, semanas depois, após conflitos com parlamentares da oposição.

Os impeachments sucessivos intensificaram a divisão política na Coreia do Sul e aumentaram as preocupações sobre as atividades diplomáticas e econômicas do país. O vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Choi Sang-mok, atuava como presidente interino desde então.

O Tribunal Constitucional decidiu anular o impeachment de Han, mas ainda terá de se decidir sobre o futuro de Yoon.

Os processos de afastamento contra os dois líderes correm separadamente. Se o tribunal mantiver o impeachment de Yoon, a Coreia do Sul deverá realizar eleições para escolher um novo presidente. Caso contrário, o presidente afastado retomará o cargo.

Yoon foi preso e acusado de rebelião por ter assinado um decreto de Lei Marcial, como resposta a uma série de derrotas no Parlamento. O presidente afastado poderá enfrentar até a pena de morte, em caso de condenação. No dia 8, Yoon foi libertado para ser julgado em liberdade.

Desde então, manifestações contra e a favor do presidente afastado dividiram as ruas de Seul e outras grandes cidades na Coreia do Sul. 

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Aeroporto Heathrow, em Londres, ficará fechado nesta sexta-feira por causa de incêndio

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sexta-feira, 21 de março de 2025

O Aeroporto Heathrow, em Londres, um dos mais movimentados da Europa, permanecerá fechado até as 23h59 desta sexta-feira, 21, por causa de um incêndio em uma subestação de energia que interrompeu o fornecimento de eletricidade na região.

Foto: Midiamax
Ao menos 1.350 voos já foram afetados pelo fechamento do terminal, de acordo com o serviço de rastreamento de voos FlightRadar24. Os aviões foram desviados para o Aeroporto Gatwick, também em Londres, e para outros terminais na Europa, como o Charles de Gaulle, em Paris.

“Para manter a segurança de nossos passageiros e funcionários, não temos outra escolha a não ser fechar Heathrow pelo dia inteiro na sexta-feira”, diz o comunicado do aeroporto. “Esperamos interrupções significativas nos próximos dias, e os passageiros não devem viajar para o aeroporto sob nenhuma circunstância até que o aeroporto reabra.”

A Brigada de Incêndio de Londres informou que cerca de 70 bombeiros foram acionados após um transformador pegar fogo em uma subestação de energia no oeste de Londres, no fim da noite da quinta-feira, 20.

Milhares de residências da região ficaram sem energia e cerca de 150 pessoas foram evacuadas. Vídeos publicados nas redes sociais mostram enormes chamas e colunas de fumaça saindo da instalação

Midiamax

Nos EUA, apreensão de ovo contrabandeado aumenta à medida que preços sobem

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segunda-feira, 17 de março de 2025

Agentes de fronteira dos Estados Unidos enfrentam um aumento significativo nas apreensões de ovos contrabandeados, com um avanço de 36% no número de interceptações neste ano fiscal, comparado com o ano passado. Isso tem ocorrido principalmente por causa do alto preço dos ovos nos EUA, que atingiu um recorde de US$ 5,90 por dúzia, impulsionado por um surto de gripe aviária.

Foto: Midiamax
No ano passado, o valor chegava a US$ 3 a dúzia, segundo dados do Departamento do Trabalho. Em comparação, os ovos no México são vendidos por menos de US$ 2 por dúzia.

De acordo com a Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP), viajantes estão comprando ovos mais baratos no México e tentando trazê-los para os EUA, apesar da proibição, já que ovos não inspecionados podem espalhar doenças.

Nas regiões da fronteira do Texas, o aumento foi ainda mais acentuado, chegando a 54%.

Em algumas cidades, como San Diego, os números mais que dobraram.

As penalidades para o contrabando incluem multas de até US$ 300, além da eliminação dos ovos apreendidos, conforme os protocolos da CBP.

Recentemente, o Departamento de Justiça iniciou investigações sobre a alta nos preços, considerando possíveis práticas anticoncorrenciais entre produtores.

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) anunciou que investirá até US$ 1 bilhão para ajudar a reduzir os custos dos ovos, com foco em aumentar a segurança biológica nas fazendas e na possível ampliação das importações de ovos inspecionados de outros países.

Enquanto isso, a Turquia começou a exportar cerca de 16 mil toneladas de ovos para os EUA para ajudar a aliviar a escassez.

Midiamax

‘Parece que a Rússia não quer realmente a paz’, diz chefe de Relações Exteriores da UE

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A Rússia não parece estar verdadeiramente comprometida em negociar a paz na Ucrânia, de acordo com a chefe de Relações Exteriores da União Europeia, Kaja Kallas. Em coletiva de imprensa após reunião do Conselho de Relações Exteriores da UE, Kallas ressaltou que “agora, parece que a Rússia não quer realmente a paz. O entendimento ao redor da mesa é que não se pode confiar na Rússia, pois aproveitam qualquer oportunidade para apresentar demandas que são seus objetivos finais”.

Foto: Midiamax
A chefe de Relações Exteriores da UE também mencionou o amplo apoio político à iniciativa de defesa de 40 bilhões de euros para a Ucrânia, destacando a necessidade de agilidade no processo. “No último Conselho Europeu, foi afirmado que precisamos avançar rapidamente com essa iniciativa”, explicou. Ela reforçou a importância de demonstrar determinação no apoio à Ucrânia para que o país possa continuar a se defender.

Além do conflito na Ucrânia, Kallas abordou a situação no Oriente Médio, condenando a politização da ajuda humanitária em Gaza e destacando a importância, “para os europeus” de excluir o Hamas de qualquer papel futuro na reconstrução da região. “Todos condenaram a politização da ajuda humanitária, que deve chegar às pessoas necessitadas”, afirmou.

Midiamax

China, Rússia e Irã pedem fim das sanções dos EUA ao Irã e retomada das negociações nucleares

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sexta-feira, 14 de março de 2025

China, Rússia e Irã pediram nesta sexta-feira, 14, o fim das sanções dos EUA contra Teerã e a retomada das negociações nucleares. A reunião ocorre após o presidente dos EUA, Donald Trump, ter enviado uma carta ao líder supremo iraniano na tentativa de reabrir o diálogo, enquanto impunha novas sanções ao país.

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Os três países defenderam o fim das sanções “unilaterais ilegais”, segundo o vice-ministro chinês Ma Zhaoxu, que leu uma declaração conjunta ao lado de representantes da Rússia e do Irã “As três nações reiteraram que o envolvimento político e diplomático e o diálogo, baseados no princípio do respeito mútuo, continuam sendo a única opção viável e prática neste contexto”, acrescentou Ma. O chanceler chinês Wang Yi também deve se reunir com os representantes.

Apesar de o Irã afirmar que não negociará sob pressão, suas autoridades enviam sinais contraditórios. O aiatolá Ali Khamenei já ironizou Trump, chamando seu governo de “opressor”, mas o país enfrenta dificuldades econômicas devido às sanções e instabilidade política causada por protestos.

China e Rússia, membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, participaram do acordo nuclear de 2015 ao lado de França, Reino Unido, Alemanha e União Europeia. Os EUA saíram do pacto em 2018, intensificando as tensões no Oriente Médio.

O Irã alega que seu programa nuclear tem fins pacíficos, mas enriquece urânio a 60%, nível próximo ao grau militar, bem acima do limite de 3,67% do acordo de 2015. Seu estoque também ultrapassa 8 mil kg, muito acima do permitido.

Pequim e Moscou mantêm relações estreitas com Teerã, sobretudo em acordos energéticos. O Irã também fornece drones à Rússia para a guerra na Ucrânia. Além disso, os três países compartilham o interesse em enfraquecer a influência dos EUA e das democracias liberais no cenário global. Fonte: Associated Press.

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Alemanha concluiu que Covid tem altas chances de ter saído de laboratório chinês, afirmam jornais

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quinta-feira, 13 de março de 2025

Os jornais alemães Die Zeit e Sueddeutscher Zeitung divulgaram um estudo realizado pela agência de espionagem BND que colocou a probabilidade entre 80 a 90% do vírus da Covid-19 ter saído de um laboratório chinês e provocado a pandemia de 2020.

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A reportagem conjunta dos veículos foi ao ar nessa quarta-feira (12) e mostrou que a BND tinha indícios de que o Instituto de Virologia de Wuhan, na China, havia feito experimentos que modificam vírus para serem mais transmissíveis aos seres humanos, para fins de pesquisa. Além disso, diversas violações das normas de segurança teriam ocorrido no laboratório.

A operação de inteligência nomeada como Saaremaa foi encomendada pelo gabinete de Angela Merkel, chanceler da Alemanha na época, mas nunca havia sido publicada. A CIA (Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos) já havia dito que era mais provável que a pandemia tivesse surgido de um laboratório do que naturalmente.

O governo chinês rebateu dizendo que não havia credibilidade nas alegações e acusou Washington de politizar o assunto, principalmente pelos esforços das agências de inteligência dos EUA para investigar.

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EUA dizem que Ucrânia terá de ceder território em qualquer acordo de paz

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terça-feira, 11 de março de 2025

Um dia antes do início das negociações entre EUA e Ucrânia, na Arábia Saudita, para pôr fim à guerra com a Rússia, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, disse nesta segunda-feira, 10, que os ucranianos terão de ceder parte de seu território a Moscou em qualquer acordo de paz. Ele também afirmou que o Kremlin terá de fazer concessões, sem especificar quais.

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O futuro dos territórios ucranianos ocupados pela Rússia, que incluem as províncias de Luhansk, Donetsk, Kherson e Zaporizhzia, além da Crimeia, anexada em 2014, são um dos principais impasses.

“Os dois lados precisam chegar a um entendimento de que não há solução militar para essa situação”, disse Rubio. “Os russos não podem conquistar toda a Ucrânia e, obviamente, será muito difícil para a Ucrânia, em qualquer período de tempo razoável, forçar os russos a voltarem para onde estavam em 2014.”

O corte temporal usado por Rubio, com referência indireta à anexação da Crimeia, pode sinalizar uma perda menor de território para a Ucrânia que as quatro províncias ocupadas atualmente, mas ele se recusou a dar detalhes das possíveis concessões.

O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, chegou ontem a Riad para discutir o futuro da guerra. Hoje, ele deve propor um cessar-fogo no Mar Negro e uma trégua nos ataques de mísseis de longo alcance, bem como a libertação de prisioneiros de guerra, segundo a agência France Presse.

Os ucranianos também demonstrarão aos EUA que estão dispostos a assinar um acordo que dá acesso aos minerais de terras raras da Ucrânia para os americanos. “São opções de cessar-fogo fáceis de implementar e de monitorar”, indicou um funcionário ucraniano de alto escalão.

Elogios

Rubio considerou ontem a proposta promissora. “Não digo que seja suficiente, mas é o tipo de concessão que se necessita para pôr fim ao conflito”, disse. Desde que Donald Trump retornou à Casa Branca, em janeiro, ele se aproximou da Rússia de Vladimir Putin Como parte de sua agenda para pôr fim à guerra, o republicano abriu negociações com o Kremlin sem incluir ucranianos e europeus.

Antes do carnaval, Trump e Zelenski se reuniram na Casa Branca para assinar o acordo mineral, mas os dois se desentenderam sobre o papel da Rússia no conflito e bateram boca no Salão Oval Após a reunião, ele suspendeu a ajuda militar e parou de compartilhar dados de inteligência com Kiev. Nos últimos dias, já sem essas informações, a Ucrânia sofreu pesados ataques russos dentro do país e na área que ocupa em Kursk, dentro da Rússia.

Enquanto isso, no front de batalha, forças russas estão tentando cruzar a fronteira e se firmar na província ucraniana de Sumy, à medida que avançam em uma contraofensiva com o objetivo de eliminar a última posição de Kiev na região russa de Kursk.

Andrei Demchenko, porta-voz da guarda de fronteira do Estado ucraniano, disse que as forças russas estavam tentando avançar em torno da aldeia ucraniana de Novenke e cortar as linhas de abastecimento.

Na arena diplomática, Zelenski ainda tenta reatar os laços com Trump. O líder ucraniano, que também se encontrará com o príncipe herdeiro saudita, Mohamed bin Salman, acrescentou que a Ucrânia busca “a paz desde o primeiro segundo da guerra”.

A revista britânica The Economist ponderou, no entanto, que a Ucrânia, provavelmente, não aceitará nenhum acordo que limite sua capacidade de rearmamento, que reconheça os territórios ocupados como parte da Rússia ou que interfira na política interna ucraniana.

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Sérvia: bombas de fumaça e sinalizadores ferem parlamentares dentro do parlamento

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quinta-feira, 6 de março de 2025

Pelo menos três parlamentares ficaram feridos na terça-feira, 4, um deles gravemente, após cenas caóticas no parlamento da Sérvia, onde bombas de fumaça e sinalizadores foram lançados, aumentando ainda mais as tensões políticas no país europeu.

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Os parlamentares deveriam votar uma lei para aumentar o financiamento da educação universitária, mas partidos de oposição alegaram que a maioria governista também planejava aprovar dezenas de outras decisões. Segundo a oposição, isso seria ilegal, e os legisladores deveriam primeiro confirmar a renúncia do primeiro-ministro, Milos Vucevic, e de seu governo.

O caos começou cerca de uma hora após o início da sessão parlamentar, quando membros da oposição começaram a apitar e a segurar um cartaz com a frase: “A Sérvia se levantou para que o regime caia!”. Centenas de apoiadores da oposição protestavam do lado de fora do prédio do parlamento durante a sessão.

Imagens de vídeo do plenário mostraram confrontos entre parlamentares e o lançamento de sinalizadores e bombas de fumaça A mídia sérvia informou que ovos e garrafas de água também foram arremessados.

Autoridades relataram que três pessoas ficaram feridas, incluindo a parlamentar Jasmina Obradovic, que foi levada ao hospital.

A presidente do parlamento, Ana Brnabic, acusou a oposição de agir como uma “gangue terrorista”. O ministro da Defesa, Bratislav Gasic, descreveu os responsáveis pelo incidente como “uma vergonha para a Sérvia”. “O vandalismo dos parlamentares da oposição expôs a natureza de suas personalidades e a essência de sua agenda política”, disse Gasic.

O presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, visitou Obradovic no hospital. “Jasmina vencerá, a Sérvia vencerá”, escreveu Vucic em uma postagem no Instagram, mostrando-o segurando a mão da parlamentar em uma sala de emergência.

Demandas dos estudantes em protesto

O incidente reflete uma profunda crise política na Sérvia, onde protestos anticorrupção há meses abalam o governo populista. Vucevic renunciou em janeiro, enquanto o governo enfrentava manifestações após o desabamento, em novembro, da cobertura de concreto de uma estação de trem no norte da Sérvia, que matou 15 pessoas. Críticos atribuem a tragédia à corrupção desenfreada. O parlamento deve confirmar a renúncia do primeiro-ministro para que ela tenha efeito.

O aumento no financiamento da educação tem sido uma das principais reivindicações dos estudantes sérvios, que são a força motriz dos protestos diários que começaram após o colapso da estrutura em 1º de novembro, na cidade de Novi Sad.

Pedido por um governo de transição

Os partidos de oposição insistem que o governo não tem autoridade para aprovar novas leis. O parlamentar de esquerda Radomir Lazovic afirmou que a oposição estava disposta a apoiar a aprovação do projeto de lei de financiamento da educação solicitado pelos estudantes, mas não outras decisões incluídas na pauta da assembleia.

Lazovic afirmou: “Só podemos discutir a queda do governo”. Segundo ele, a única saída para a crise atual seria a formação de um governo de transição que estabelecesse condições para eleições livres e justas-uma exigência que os governistas populistas rejeitam repetidamente.

Vucic e seu partido de direita, o Partido Progressista Sérvio, consolidaram um controle firme sobre o poder nas últimas décadas, apesar de oficialmente buscarem a adesão à União Europeia.

Muitos sérvios acreditam que o colapso da cobertura da estação de trem foi causado por trabalho malfeito e negligência às normas de segurança devido à corrupção governamental.

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