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Filha relata últimos momentos de Doralice, morta a facadas pelo companheiro em Maracaju

segunda-feira, 23 de junho de 2025

/ por Redação

Doralice da Silva, de 42 anos, foi morta com golpes de faca no pescoço pelo companheiro Edemar Santos Souza, de 31 anos, na noite de sábado (21), em Maracaju, município a 160 km de Campo Grande. O crime é investigado como feminicídio. Em depoimento, a filha da vítima detalhou os últimos momentos ao lado da mãe e contou que o relacionamento entre os dois era marcado por brigas, ciúmes e agressividade.

Foto: Facebook
Segundo a adolescente, que tem uma irmã de 9 anos, Doralice se relacionava com Edemar há cerca de um ano e, recentemente, os dois passaram a morar juntos. A convivência, porém, era conturbada. A filha relatou que presenciava discussões constantes e, por diversas vezes, precisou intervir. Ainda conforme o relato, Edemar costumava deixar a casa durante as brigas e passava dias na residência da mãe ou em um imóvel desabitado que pertenceria ao pai.

Última videochamada

No dia do crime, Doralice saiu de casa pela manhã na companhia do companheiro. Por volta das 13h, ela ligou para a filha informando que iria preparar o almoço. Durante a ligação, a adolescente ouviu Edemar convidando a mãe para consumir bebidas alcoólicas.

Horas depois, por volta das 16h, a filha enviou mensagens para a mãe pedindo que voltasse para casa. Doralice respondeu que já estava a caminho. Em uma videochamada, a jovem viu a mãe aparentemente bem, enquanto Edemar dizia ao fundo: “vamos pedir mais uma cerveja”.

Mais tarde, por volta das 17h, uma tia das meninas chegou à residência informando que Doralice e Edemar haviam sofrido um acidente de motocicleta. A vítima retornou à casa por volta das 19h30, tomou banho, jantou e saiu novamente. Edemar chegou pouco depois, desorientado, e também deixou a residência após buscar uma carteira. Quando a filha mais velha saiu com o namorado e a irmã para lanchar, deixou a mãe sozinha em casa. Ao retornar, encontrou Doralice caída no chão da sala, sem vida, em meio a uma poça de sangue.

“Matei por ódio”, disse o suspeito

Preso em flagrante, Edemar confessou o crime e alegou ter sido movido por “ódio e ciúmes”. Segundo o depoimento prestado à Polícia Civil, o casal passou o dia bebendo em dois bares diferentes. Ao voltarem para casa, sofreram um acidente de moto. Doralice seguiu para casa para deixar comida para as filhas e, segundo o suspeito, demorou para retornar.

Ainda conforme o relato, ao chegar na residência da vítima, Edemar a viu estacionando a moto e, ao tentar entrar, foi mandado embora por ela. Ele pediu para buscar seus pertences, mas Doralice pediu que voltasse no dia seguinte. Após retirar parte de suas roupas, Edemar voltou à casa e questionou a vítima se ela sairia com outro homem, que supostamente a aguardava em um carro na esquina.

Doralice confirmou que sairia, o que teria motivado o ataque. De acordo com o depoimento, Edemar desferiu um golpe de faca no pescoço da vítima, que caiu no chão. Em seguida, ele ainda deu socos no rosto dela e continuou com os golpes de faca.

Antecedentes e histórico de violência

Edemar já tinha passagem policial por violência doméstica. Quatro anos antes do crime, foi denunciado pela própria mãe por ameaças. Na época, ele vivia nos fundos da casa dela com a então companheira, que também era alvo de xingamentos e agressões verbais. A mãe do pedreiro solicitou medidas protetivas e pediu que o filho fosse retirado do imóvel. A ex-companheira, por medo, não chegou a registrar boletim de ocorrência.

Doralice não possuía medidas protetivas contra Edemar, mas já havia solicitado proteção anteriormente contra o ex-marido, com quem não mantinha mais contato há cerca de um ano.

O caso segue sob investigação da Polícia Civil como feminicídio. O suspeito está preso preventivamente.

Portal Rota

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